Vozes da Recuperação
É um projeto voltado para fortalecer a voz das comunidades e tornar visíveis suas necessidades e capacidades na América Latina, especialmente daquelas que enfrentam riscos agravados e interconectados como consequência da pandemia de COVID-19.
Por meio desta colaboração, aspiramos a que essas comunidades — e outras em situações semelhantes — participem de forma mais ativa e influente nos processos de tomada de decisão relacionados a uma recuperação sustentável.
O projeto, que começou em 2022, busca:
compreender os impactos sociais, econômicos e culturais de longo prazo da pandemia bem como condições que influenciaram a forma como as comunidades foram afetadas,
reconhecer as necessidades de recuperação das comunidades, assim como as capacidades e estratégias que desenvolveram para lidar, resistir e se recuperar desses impactos; e
apoiar as comunidades no fortalecimento de sua voz coletiva na formulação e implementação de ações que contribuam para uma recuperação mais equitativa e sustentável.
Usamos métodos baseados nas ciências sociais e nas humanidades, e consideramos a participação dos envolvidos e o fortalecimento de capacidades como parte fundamental de nossas atividades de pesquisa.
Quem é parte do projeto?
O projeto inclui pesquisadores, organizações e comunidades do Brasil, Colômbia, Peru e do Reino Unido.
-
Brasil
O Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN, Brasil) trabalha com comunidades tradicionais e indígenas no Estado do Pará. Isso inclui várias comunidades que vivem em duas Reservas de Uso Sustentável, a Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns (RESEX) e a Reserva do Bosque Nacional do Tapajós (FLONA), assim como comunidades quilombolas que vivem adjacentes às cidades de Cametá e Belém.
No Brasil, o projeto é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
-
Colombia
Na Colômbia, a Universidad de Caldas trabalha nos municípios de Marquetalia (Caldas), Florência e La Montañita (Caquetá) com organizações e coletivos de jovens, mulheres rurais e sobreviventes do conflito armado.
Na Colômbia, o projeto foi financiado pelo Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento Internacional (IDRC) do Canadá, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Minciencias - Colômbia), a Universidade de Caldas (Manizales-Colômbia) e o Conselho de Pesquisa em Artes e Humanidades (AHRC - Reino Unido).
-
Peru
No Peru, a equipe da Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP) atua nas províncias de Satipo e Chanchamayo, na região central da Amazônia, com duas organizações indígenas em duas áreas da selva central: a Asháninka Central do Rio Ene (CARE), que reúne 18 comunidades nativas no vale do Rio Ene, e a Organização de Mulheres Indígenas Asháninka da Floresta Central (OMIAASEC), a base regional da Organização Nacional de Mulheres Indígenas Andinas e Amazônicas do Peru (ONAMIAP). Dentro dessas áreas, trabalhamos com três comunidades: Shankivironi, San Jerônimo e Potsoteni.
No Peru, o projeto é financiado pelo Centro de Pesquisa de Desenvolvimento Internacional do Canadá (IDRC).
Reino Unido
No Reino Unido, pesquisadores da Universidade de East Anglia e da Universidade de Edimburgo colaboram com as equipes mencionadas para impulsionar a pesquisa conjunta e coordenar os resultados entre os diferentes países.